Shineray começa obras de terraplenagem em outubro

A Shineray do Brasil acertou ontem os ponteiros com o governo e assinou a licitação do terreno em Suape para instalação da fábrica, em frente à Pamesa. Em outubro começa a terraplenagem da construção da planta de 35 mil metros quadrados, em 15,8 hectares. A fábrica será responsável pela montagem de motos de origem chinesa entre 125 e 150 cilindradas. A obra segue até dezembro quando estará pronta a base para levantar a nova indústria. Previsão das primeiras unidades deixarem a linha de produção é de 24 meses.


Fábrica que inicia a construção em Pernambuco será responsável pela montagem de motos de origem chinesa entre 125 e 150 cilindradas Foto: Juliana Leitão/DP/D.A Press - 19/7/10
O investimento da empresa, presidida pelo executivo Paulo Perez, é de R$ 40 milhões só na primeira etapa. "Vamos começar no regime CKD (no qual as motos importadas desembarcam totalmente desmontada) para depois, atraindo os sistemistas (fornecedores), ampliar o índice de nacionalização de 10% para quase a metade". A capacidade de produção do primeiro ano, em 2013, será de 120 mil motos por ano, mas a Shineray já começa com 80 mil unidades.

Depois de pronta, a fábrica vai gerar 300 novos empregos diretos, sem qualquer interferência por parte da China, origem da marca de motocicletas. A Shineray se destaca no mercado com a moto de 50 cilindradas que custa R$ 2.790 na versão mais em conta. Modelo que também pode ser encontrado em alguns magazines. 

A atual operação da Shineray no país é de 60 mil motos por ano e deverá ser multiplicada por dois logo no segundo ano de funcionamento da fábrica. "Primeiro vamos chegar às 90 mil unidades em 12 meses, atender a todo Mercosul e depois seguir para a África multiplicando os números". O executivo apostou no complexo portuário que tem a General Motors como ocupante do segmento automotivo. 

Paulo Perez disse que a unidade contará com estrutura de laboratórios de tecnologia e emissões para aprimorar o desenvolvimento dos produtos com cerca de 100 técnicos e engenheiros. Na área de 35 mil metros também será construída uma pista de testes exclusiva. 

A primeira indústria fora da Zona Franca de Manaus acreditou no potencial chinês de crescimento do estado que passou a ser tão atrativo quanto a Zona Franca, lembra Perez, que assumiu o compromisso com a China de multiplicar os produtos Shineray no Brasil.

A estrutura de lojas no país também vai dobrar de tamanho. Hoje são 80 concessionárias e até a abertura da fábrica serão cerca de 200 revendedores. A aposta nos magazines também permanece certa. O próximo passo é acertar a possível operação com o Magazine Luiza. As redes de lojas Colombo, G Barbosa, em Sergipe e, no mercado pernambucano, a Eletroshopping, já vendem o produto.

Público alvo - Perez reforça que o público alvo da Shineray está dentro dos ônibus. "Não somos o concorrente da Honda", diz. O leque de ofertas dos produtos Shineray é bem variado e vai até as motos de 250 cilindradas, como é o caso da Indianápolis, vendida por R$ 8.490 e a mais cara, a Custom de R$ 10.990. 

Fonte: http://www.diariodepernambuco.com.br/  
 
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