O juiz Haroldo Carneiro Leão Sobrinho, titular da Vara da Fazenda Pública do Fórum de Ipojuca, promoveu mais uma audiência coletiva, celebrando acordos entre o Complexo Industrial e Portuário de Suape e 67 famílias moradoras da região, na última segunda-feira (25). As ações envolviam indenizações e reintegrações de posse e todas as famílias tiveram seus casos conciliados. O evento aconteceu no Salão do Tribunal do Júri, no Fórum de Ipojuca.
Os servidores Noelie Melo, André Gustavo e Oseias Firmino, que compõem a equipe da Vara da Fazenda Pública da Comarca de Ipojuca, se dividiram em três frentes de conciliação para atender a demanda. Também participaram as defensoras públicas Amanda Marques e Elizabeth dos Santos Torres. Na pauta de audiências, havia a previsão de atendimento a 71 famílias, mas 14 delas faltaram. Esses faltosos deverão ser acionados para uma terceira audiência, que está prevista para o mês de maio, junto com novos casos. Todas as 71 ações chegaram à Justiça no dia 13 de abril, sendo sentenciadas no dia 25 do mesmo mês, mostrando, desse modo, a comprometimento do Judiciário pernambucano com a celeridade processual.
Segundo o juiz Haroldo Carneiro Leão, quase todas as famílias são formadas por trabalhadores rurais. Alguns poucos são operários que trabalham no próprio Complexo de Suape. A maior parte dessas famílias aceitou, além das indenizações, acordos de reintegração de posse que, assim como na primeira audiência realizada em 24 de fevereiro, reassentará essas famílias no município de Moreno, oferecendo a oportunidade de continuidade de suas atividades agrícolas. Houve casos nos quais apenas a indenização foi suficiente para fechar o acordo.
Foram cerca de R$ 2 milhões em indenizações, valor que não inclui as reintegrações de posse. Para Haroldo Carneiro Leão, esta ação do Judiciário tem muita importância, pois "quando a demanda surge, o Judiciário responde rapidamente, oferecendo acordo entre as partes. Desta forma, a Justiça coopera com o desenvolvimento econômico e social do Estado, especialmente numa área tão sensível como Ipojuca."
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