Mercado imobiliário aquecido aumenta demanda por aluguel de máquinas pesadas

Empresários fazem fila para conseguir alugar tratores, escavadeiras e motoniveladoras; a expectativa é que o setor cresça 20% este ano

O aumento no número de obras da construção civil em Pernambuco está aquecendo um outro mercado: o de aluguel de máquinas pesadas. Os empresários fazem fila para conseguir alugar tratores, escavadeiras e motoniveladoras.

É o mercado imobiliário em boa fase. E muito mais que ele, são os canteiros de obras, que se multiplicam no Estado. No Sertão, a construção da ferrovia Transnordestina e a transposição do Rio São Francisco. Na Região Metropolitana, os empreendimentos na área de Suape, por exemplo.

Onde há obras, há máquinas. E elas não chegam para quem quer. Uma empresa de venda e aluguéis, em Jaboatão, triplicou a frota de equipamentos pesados do começo do ano passado até agora.

O sindicato do setor fez a conta e concluiu que, juntas, as 200 empresas do Estado investiram mais de R$ 200 milhões este ano. A expectativa é que cresçam 20% neste período.

As empresas alugam desde máquinas pequenas, como uma simples furadeira, até equipamentos caros, como motoniveladoras. Para algumas máquinas pesadas, há fila de espera de clientes. “A demanda maior é por equipamentos de terraplenagem, como rolo compactador e escavadeira hidráulica”, disse, o gerente de locação André Lira.

Muitas empresas alugam máquinas que vão usar só por alguns meses, mas também as que nunca deixam de usar. Eles dizem que o custo do aluguel compensa. 

A concorrência entre as empresas jogou o preço das locações de máquinas mais caras – e portanto raras - para cima. E o de muitas para baixo. O empresário Bruno César trabalha executando obras em Suape e vai se adaptando aos ajustes que o momento bom vai impondo ao setor. “Muitas empresas vem atrás da gente. Eles mesmos ligam para oferecer até por preços mais baratos”, disse.
 
“Hoje, a nossa preocupação é qualificar empresas para que elas consigam um nível de atendimento bom em relação à demanda do mercado”, explicou o presidente do Sindicato das Empresas de Locação, Reinaldo Fraiha.

 
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