Como ficam suas contas até o final do ano

Os efeitos da alta da taxa básica dos juros já estão sendo sentidas no bolso dos consumidores. A taxa média para as pessoas físicas passou de 6,82% ao mês, em abril, para 6,86% ao mês, em maio, segundo levantamento feito pela Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac).
A alta vai continuar nos próximos meses. Mas os responsáveis por esta alta, os oito diretores do Banco Central do Comitê de Política Monetária (Copom), veem algumas boas perspectivas para o bolso dos brasileiros para o resto do ano.
A gasolina e o gás de cozinha não devem aumentar de preço neste ano. A conta do telefone pode ficar até 1,6% mais cara. E a de luz, 1,5%. Se no ano passado, que foi de crise, 93% das categorias tiveram aumento real na inflação. Neste ano, a situação pode ser melhor. Tem categoria que está tendo reajuste de 0,5% a 1% acima da inflação.
Isso significa que pode sobrar mais dinheiro no bolso dos consumidores. Isto para quem tem casa própria.
Para quem vive de aluguel, a notícia não é boa. O principal índice que serve de referência para as contratos, o IGP-M, já teve uma variação de 4,18% nos últimos 12 meses.
E para quem tem reajuste programado para os próximos 12 meses, a alta no aluguel pode ser maior. Primeiro motivo, segundo instituições financeiras consultadas pelo BC, o índice deve fechar o ano com alta de 9%. O segundo, é que o mercado está extremamente aquecido. A saída do inquilino é negociar, e muito. E melhor para quem paga o aluguel em dia, já que para o dono do imóvel é melhor um ter um locatário que pague o imóvel em dia.
Sinal amarelo
Salários em alta, facilidade para conseguir um empréstimo, otimismo em relação ao futuro. Tudo isto está fazendo o consumidor gastar mais neste ano. As vendas no comércio cresceram 11,8% no primeiro quadrimestre do ano em relação a 2009, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
Diante desse cenário, e com a alta nos juros dos bancos, a empresa de análise de crédito Serasa Experian faz as contas: a inadimplência das pessoas físicas deve crescer nos próximos seis meses. Atualmente, 6,76% dos empréstimos feitos para as pessoas físicas estão com atraso superior a 90 dias, segundo o Banco Central. É o menor índice desde dezembro de 2005.
 
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